Degustando Cachaça com Arte - Música
A degustação de uma cachaça proporciona uma experiência sensorial completa.
Durante o processo de degustação, todos os sentidos são estimulados. São os sentidos que possibilitam que além de reconhecermos um destilado, possamos criar memórias sobre ele, sentimentos, lembranças, afetos.
Antes de abordar a relação Cachaça e Arte, vamos falar brevemente sobre como os sentidos, inclusive o da audição, funcionam em uma degustação.
O Tato
Ao tocar a garrafa, a textura do rótulo, da taça, o tato está sendo estimulado na degustação da cachaça. O estímulo desse sentido nos permite uma apropriação do que temos em mãos e nos liga diretamente ao objeto, fazendo com que ele se torne algo mais do que uma simples garrafa ou uma simples taça. É a nossa taça, a nossa garrafa, o nosso gosto. Isso faz do Tato um sentido que contribui de uma forma muito rica na experiência de degustação.
O Olfato
Ao apreciar a cachaça é comum levá-la até o nariz para sentir suas notas, que podem ser doces, amadeiradas, florais, herbáceas. Isso nos permite identificar a personalidade da bebida.
Na degustação de uma cachaça o olfato também funciona produzindo ou ativando memórias e sensações, entre elas a memória afetiva, que nos transporta para outro tempo. Portanto podemos afirmar que a degustação de uma cachaça tem esse poder de nos fazer viajar nos anos, sem sair do lugar.
O Paladar
Ao levar a cachaça à boca, todas as papilas gustativas são estimuladas e a experiência se torna mais complexa. É através do paladar que identificamos o gosto daquilo que estamos apreciando. E é de estimular e educar o paladar que vamos ampliando repertório para reconhecer notas e sabores das mais variadas cachaças.
A visão
Durante uma degustação, ao observarmos a cachaça, podemos identificar sua coloração, cristalinidade e untuosidade. E através dessa análise, compreender um pouco mais sobre sua qualidade e complexidade.
Além disso, todos os outros estímulos visuais que presenciamos ao redor enquanto degustamos a cachaça influenciam em nossa percepção sobre ela, nos permitindo registrar uma memória, um momento.
Beber cachaça assistindo um filme, beber cachaça vendo o mar, vendo um show ou até mesmo ao rever aquele amigo ou amiga no bar: cada experiência sensorial visual ligada à cachaça oferecerá aquele ou aquela que a degusta, uma percepção diferente, um momento diferente. Por isso, a importância de buscar estímulos agradáveis enquanto degustamos a bebida.
A audição
A audição é um dos sentidos mais subestimados em uma degustação. Afinal, é possível estimular o sentido do tato, do olfato, da visão e do paladar ao tocar, cheirar, ver, provar a cachaça mas como estimular o sentido da audição em uma degustação?
Foi buscando responder essa questão que passamos a prestar atenção nas possibilidades de harmonizar a cachaça com um som. E foi daí que surgiu a ideia de harmonizar a cachaça com música.
Por isso nesse primeiro post da série Degustando a Cachaça com Arte, vamos listar alguns músicos que harmonizam com nossas cachaças.
Gostou?
Então liga o som, prepara a taça e vem com a gente nesse embalo!
Tom Jobim harmoniza com Antonieta Amburana
Jobim tem um trabalho harmônico, doce, de voz aveludada, que harmoniza com nossa Antonieta Amburana.
Para degustar ouvindo "Só Danço o Samba”.
Vinicius de Moraes harmoniza com Cachaça Antonieta Jequitibá
Vinicius tem um trabalho suave, com uma leve picância e complexidade, assim como nossa Antonieta Jequitibá.
Para degustar ouvindo “Samba da Benção”.
Elza Soares harmoniza com Cachaça Antonieta Pura
Elza tem um trabalho forte, cheio de personalidade, assim como a Antonieta Pura.
Para ouvir degustando “Espumas ao Vento”.
Esperamos que tenham gostado.
Não esqueçam de curtir e compartilhar com os amigos e amigas apaixonados (as) por uma boa degustação.
Foto de Ipanema - Rio de Janeiro por H4G2
https://www.flickr.com/photos/hgr-/6984753456/

